30/05/2009

Passarinha


Moléstia à parte, não querendo me gambá. Eu, Raphaelis Avgvstvs Victoriensis I, fiquei conhecido no Curado III, não no bar da Gal como diz o texto, mas no bar da Mãe de Carlos Pamila (esqueci o nome da velha), por comer o número de fatias de passarinha que vai de 16 a 20 em referido estabelecimento.

Na época, 2005 Anno Domini, fui noticiado como um verdadeiro fenômeno em comer tais vísceras. Como lembrança daquele tempo que os anos não trazem mais, ficou esses versinhos. Chulos, mas pinguços:


Passarinha

Se a noite guarda tristeza
De um homem, pois guarda mal

Aí chamo Reginaldo

Que num rejeita sarau

Três goladas de caninha

Num baião com passarinha

Na bodeguita da Gal.


São mil goladas graspadas

Que dançam muito contentes

Na goela de um zé bebum

De vista e peito doentes

E grita qualquer sambinha

Num baião com passarinha

De sabor e amor presentes.


E assim toda sexta-feira

Toda gente aclama igual:

“Todo amor do mundo nasce

Sem parecer que é real!”

E gritam qualquer modinha

Num baião com passarinha

Na bodeguita da Gal.


*O texto há uma apologia ao "Chopp", de Carlos Pena Filho. Foi justamente nessa época que conheci Reginaldo Cabral e aconteceu o famoso episódio da aluna que perguntou se eu bebia... O resto é história...

Um comentário:

pablo disse...

se não me engano, a passarinha é o baço do boi, né?

"meu amor é passarinheiro / ele só quer passarinhá..." (zeca pagodinho)