27/02/2009

Figurinhas de mesa de bar – o entrão


Estava divagando sobre episódios de bar, para esta digníssima publicação, quando me lembrei de uma figura especial, o pai da Sasha. Não, não é o Szafir. Era apenas um tipo de meia idade que bebe todas, conclui instantaneamente que conhece você, e quer fazer parte da sua mesa custe o que custar. Com vocês, o “entrão”.

Sasha e a MKB

Voltando de uma confraternização de trabalho, eu e uma amiga resolvemos tomar a saideira em um bar próximo de nossas casas: O Point Bar, na General Polidoro. Um bar de ambiente legal, com um fundão cheio de árvores e chão de pedrinhas. Lugar calmo e tranquilo para trocar ideias e colocar a conversa em dia.


Já íamos na segunda cerveja (saideiras nunca são uma só, aprendam), comendo um tira-gosto e apreciando uns rapazes na mesa logo adiante, quando um senhor, se assim podemos chamar, chega a nossa mesa, obviamente já tendo tomado todas. “Dou um real para sentar na mesa de vocês”. Hã? Como assim, Bial? Nos entreolhamos. Minha amiga calmamente explicou que aquela era uma reunião de trabalho (sim, era mais de meia-noite, e daí?). Ele insistiu e foi novamente rejeitado. O cara sorriu um sorriso cínico e tirou suas conclusões: “ah, já sei, vocês gostam de meninas”. Ah, ótimo, discutir nossa sexualidade com um estranho aquela hora da madrugada nos interessava muito. Então não replicamos, e ele continuou. “Eu já havia percebido, tenho uma filha que é gay, a Sasha. Ela tem 22 anos. Vocês não a conhecem? Ela gosta de freqüentar, como é mesmo o nome daquela boate? KBY, SKB?”. Que ótimo. Minha amiga, como sempre espirituosa, sugeriu: “MKB? Ah, a gente deve conhecer!”.

Ele não se deu por vencido: “Mas vem cá, é sério que vocês preferem meninas? Qual a graça de transar com mulheres?” Putaquepariu. O que leva um ser humano a fazer uma pergunta dessas a perfeitas desconhecidas (por mais perfeitas que elas pudessem parecer?).

Foi então que, emergindo entre nuvens de fumaça, chega nosso valente e corajoso anjo da guarda, o garçom, e arrasta o nosso querido amigo de volta a sua mesa – bem distante da nossa.


Benditos os garçons, seres sensíveis e disponíveis – que sempre sobre uma cerveja gelada em suas mãos no final do dia (ou da noite) de trabalho.

26/02/2009

Quando eu crescer, vou abrir um bar (ou Protesto por um bar decente)


Muita gente acha que tomar uma não dá futuro a ninguém. Mas depois de cansar de explorar os recônditos da night recifense, eu finalmente passei a entender de alguma coisa: descobri como um bar pode fazer sucesso por aqui. E aí, quando eu crescer, eu vou abrir um e ganhar um monte de dinheiro. O primeiro segredo - assim, inimaginável - é a entidade cerveja gelada. Porque um bar com cerveja quente deveria, a meu ver, ter vergonha de abrir as portas. Se fosse essa a vontade do bebedor, ele iria direto para o supermercado.

Outra dica ultrasecreta passada pelos meus ancestrais é um tira-gosto com criatividade suficiente para ser diferente do que você costuma ver em casa, mas com a simplicidade necessária para ter um preço razoável. Música boa. Sem gemidos, sem teclados salientes, sem alusão a mulheres quase sem roupa ou a shortinhos "masculinos" apertadinhos. Sem falar da acústica equilibrada para permitir escutar o som e conversar ao mesmo tempo, sem aquele barulho cansativo de mil pessoas falando simultaneamente.

Garçons com o mínimo de satisfação pelo trabalho, e que conheçam o cardápio. Ou, ao menos, estejam dispostos a perguntar na cozinha sobre o que não sabem. Ah, nada de fechar antes das 4h da madruga, colocando as mesas de cabeça para baixo como se fosse muito correto um estabelecimento para beber fechar as portas às 2h.

Sim, e meu bar ia ter tensão sexual, que é o que dá brilho e movimento a um ambiente (como diria um amigo). Mesas não tão distantes para proporcionar o flerte e a interação. Completam as características iluminação indireta, estacionamento e um banheiro com todos os itens em dia - leia-se: sabonete líquido, toalha de papel, papel higiênico, espelho e - muito importante! - gancho para pendurar a bolsa.

E aí, com essas características óbvias que os donos de bares parecem desconhecer, o meu bar vai bombar. E eu não vou vender fiado pra amigo não, digo logo.

25/02/2009

QUARTA-FEIRA DE CINZAS


Estamos em recesso, mas a Radiola continua funcionando.

"ACABOU, UMA PORRA!"
(homenagem ao bloco muribequense)

Eddie - É de fazer chorar
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24/02/2009

TERÇA


Estamos em recesso, mas a Radiola continua funcionando.

Alceu Valença - Chego já
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23/02/2009

SEGUNDA


Estamos em recesso, mas a Radiola continua funcionando.

Moraes Moreira - Coisa Acesa

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22/02/2009

DOMINGO


Estamos em recesso, mas a Radiola continua funcionando.

Timbalada - Se você se for
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21/02/2009

SÁBADO DE ZÉ PEREIRA


Estamos em recesso, mas a Radiola continua funcionando.

Amelinha - Siri na Lata

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20/02/2009

SEXTA-FEIRA [post atrasado]

Apesar do recesso, continuamos DIRIGINDO o blog na manha do gato.

"...não me arrisco na banguelaaaaaa..."


E foi na manha que encontramos o ilustre butuqueiro Flavão na night recifeantiguense.


Conforme prometido, tá aí mais uma ficha da Radiola:

Lenine - Energia
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19/02/2009

RECESSO CARNAVALESCO

"Pode acabar-se o mundo qu'eu vou brincar Carnaval"

Os butuqueiros de boteco dão uma pausa pra curtir a folia de Momo e o blog entra em recesso.


Conselho do DBNB
:
Nada de aliviar nesse Carnaval e criar betta no copo, pois como diz a marchinha: "garrafa cheia eu NÃO quero ver sobrar..."

É pé no bucho e mão na cara!!!

Mas não se desesperem... Nesse período, a Radiola do Boteco - Especial de Carnaval continuará funcionando com algumas fichas que alguns bebinhos deixaram programadas. Só clássicos do cancioneiro folião!!!


Siba e a Fuloresta - A Bagaceira
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18/02/2009

Pictograma cervejeiro sensacional

clique na imagem para ampliar

17/02/2009


O De Butuca no Boteco abre o CLICK ETÍLICO para registrar fotos marcantes de atividades cachaçais dos/nos botecos.

Rechaçamos o lema "IMAGEM NÃO É NADA" porque sabemos que a 2ª melhor
coisa do que viver um bom momento é conseguir registrá-lo em uma foto pra puder lembrar mais tarde e fazer inveja aos otários.

Então, queridos botequeiros-blogueiros,
câmera ou celular na mão, e sempre atentos!!!

Registrem e postem bons ou maus momentos, grupos ou indivíduos (sóbrios ou ébrios), objetos ou gestos, arquitetura, placas, banheiros ou qualquer outra coisa que vier em sua frente nos botecos mundo a fora.

Vale tudo! No entanto, como diria o ilustre botequeiro Nelson Rodrigues: "toda nudez será castigada."


Evento:
São João Remosão 2008
Destaque: quentão, rum, cerveja e cachaça

Boteco: A Palhoça [Moreno-PE]
Botequeiros: Judapaz, Ray, Emerson, Nai e Dompablito

16/02/2009

Em plena lua-de-mel - Pedra Letícia


O clássico do REIginaldo ganha uma versão poliglota da Pedra Letícia com direito a participação especial do próprio Rossi, bicho... Aplaudam bastante!
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Toda vez que o seu namorado sai
Você vai ver outro rapaz
Olha todo mundo está comentando
Seu cartaz tá aumentando.

Moça linda, por favor,
Guarde todo esse amor
pra um rapaz

Dá vergonha de dizer
O que disseram de você,
mas ouça:

Dizem que o seu coração / Voa mais que avião
Dizem que seu amor / Só tem gosto de fel
Vai trair o marido / em plena lua de mel


Dicen que su corazón / vuela mas que avión
Dicen que su amor / tiene guesto de fiel
Vá trair su marido / en plena luna de miel

Some say that your pretty heart / flies more than an airplane
Some say that your love / tastes just like fel
Gonna betray your husband / even in the honeymoon

Toshiro miraka nomiro no soya / kiamita no rika no roya
Gomiro nos mitsubishi / tanaka fugiro na kombi
Otushi kabu takahara / moleu sinhor miagui

Movió avê shitê mona mour, letuá derchan sivu plê
Pierre cardan se muá, ivi se lorran se tuá
Zinedine Zidane Trezeguet, Henry brasi si foude

Vroistkin, heineken brahma antártica, kaiser
skin..cariol,
raizin brahma skol
Voczin laingh volksvagem, hokn larss ambohzman,
etars cehro haif hitler

Hama a ma ha de ba una mua ua, ha de ba una muni i i i
Ha de ba una cali i i i, a ne ba na rama a a a
Osama bin laden habanda, al qaeda jazeera hamaz a a a

13/02/2009

Atitudes remosas


O termo remoso, originalmente, significa algo que ofende, faz mal, etc. E é normalmente usado pra caracterizar alimentos que provocam alergias ou dificultam cicatrizações, tipo: carne de porco.

Entretanto, o termo virou gíria e começou a ser usado também pra designar pessoas, situações ou atitudes não-muito-brodagens.
Ex.:
Aquele pagode tá muito remoso! (redundância?)

Pra complicar mais um pouquinho, o costume popular de inverter elogios em cumprimentos (Ex.: "Diz, alma sebosa!"), incorporou o "remoso" ao seu vocabulário.
Então, se alguém te chamar de remoso, ATENÇÃO! Em vez de um insulto, essa pessoa pode apenas estar te fazendo uma singela homenagem.


É com este espírito que registramos uma atitude altamente remosa de um de nossos butuqueiros de boteco: Laerte Silvino.

O
cara que foi pro último show da turnê do Little Joy, no Teatro da UFPE (onde não se pode beber), e enquanto todo mundo estava endeusando Rodrigo Amarante, querendo tocá-lo e tals; vejamos o que nosso enviado especial estava fazendo:

12/02/2009

Nessa vida tem de tudo









11/02/2009

As coisas acontecem... [02]


Nota do Boteco: Diante de vários apelos ao mestre Flavão para que o mesmo escrevesse textinhos que acompanhassem suas ilustras para este blog e mediante ao não cumprimento desta tarefa; resgatamos um trecho de uma antiga conversa emiessiênica [via msn] quando este esteve em Amsterdã:

Tirem suas próprias conclusões...

10/02/2009

O melhor boteco do mundo


Chamem-me de anti-social (coisa que não sou), mas concordo com o Grande Jaguar, num texto da finada Bundas, quando dizia que o melhor boteco do mundo era a nossa casa. O único em que a cerveja estava sempre gelada, a comida era sempre a sua preferida, a música era sempre do seu gosto e o banheiro estava sempre limpo.

Não me entendam mal, eu adoro botar a cara na rua e me aventurar em bodegas de todo o tipo. Mas devo confessar que às vezes a paciência é pouca para a aventura que nunca é completa. A combinação é sempre a mesma: onde a comida é boa e o ambiente é limpo, a música é baiana e/ou sertaneja e a frequencia é ABOYZAIADA. Onde a música é audível a meus sensíveis ouvidos, é difícil pedir uma mera porção de batata fritas para rebater o mé.


A minha saída é optar por bares "de coroa" quando eu quero comer (os "coroas" não me incomodam. nem suas músicas. Diferentemente dos boys e suas escolhas musicais) e quando frenquento pé-sujo, ter muito muito muito critério na hora de comer. Ou não comer e encarar as consequências (AKA ressaca).

Em casa é sempre uma maravilha. Sempre ouço música na altura que quero (nunca alto demais), a música que quero, como todas as comidinhas disponíveis e ainda encho a lata sem preocupação com a volta.
Repito, adoro a cultura de boteco (ou não estaria aqui!), portanto, nas participações que se seguirem, vou ajudar quem quiser botecar e esteja enfrentando dilemas semelhantes aos meus. Ou esteja só com preguiça, né? Aguardem receitinhas de comidinhas, driques e métodos para melhorar a experiência de bebericar no conforto do lar.

09/02/2009

Causos verídicos sobre o momento de pagar a conta da cachaça


Leitor assíduo deste plural e democrático espaço de reflexão sobre temas ligados as atividades desenvolvidas nestes ambientes ecléticos e prazerosos, os botecos, onde podemos nos confraternizar com os amigos, comemorar conquistas, afogar mágoas; senti uma necessidade impulsiva de escrever algo, e dar minha singela contribuição para este importante blog.

Como dissertar acerca de receitas gastronômicas, crônicas e cordéis não é muito o meu forte, decidi fazer alguns relatos sobre causos reais e interessantes que pude vivenciar no convívio com amigos nos botecos da agitada vida noturna da Terra dos Eucaliptos.

Em meu ciclo botequeiro social de amizades é comum comemorarmos as grandes conquistas profissionais, acadêmicas e pessoais de nossos amigos com um ritual que consolida-se com o tempo como uma importante tradição: bebemorarmos com todo o glamour e requinte que o boteco no qual estivermos permita.

Mesmo com toda a diversidade social e cultural que acomete nosso grupo -alguns casados, alguns noivos, alguns emancebados, e outros indefinidos, mesmo com a distância geográfica- é certo, quando um membro desta fraternidade logra êxito em alguma atividade, nos reunimos o mais rápido possível. É como o sinal do Batman, não importa onde estivermos, teremos que atender ao chamado, em qualquer lugar, a qualquer hora.

Outro aspecto relevante a ser mencionado em nossa tradição é que a conta sempre é de responsabilidade de nosso homenageado. Não importa o quão vultosa sejam as cifras. É uma responsabilidade e uma honra, é um prazer arcar com o prejuízo.

Pois bem, certo dia, recebemos a notícia, veiculada em impressos de grande circulação de nosso Estado, que nosso amigo Jean Anderson Bezerra Costa* havia sido classificado em concurso realizado pelo Metrorec. De imediato, articulamos o membros de nossa fraternidade para mantermos viva nossa tradição, e por fim bebemorarmos o sucesso de nosso amigo Doug*. Estávamos eu, Pablito Gomes, Flávio Tetéia, Denis Leonardo e a grande figura ilustre da noite, o Ganso*.
*são a mesma pessoa.

Em uma noite fria de sábado, depois de alguns Dry Martinis... Epa, essa é outra história.
Voltando ao causo, o local sagrado do ritual foi a Palhoça. Neste período o cardápio que simbolizava o requinte e o glamour permitido aos nossos bolsos, ou melhor, o do Ganso, era pedirmos uma farta Tábua de Frios composta de salame, queijo mussarela, palmito, azeitonas verdes, cubinhos de presunto cozido e tudo regado a Bohemias, que ficavam depositadas em recipiente de alumínio, comumente conhecido balde de gelo. É isso mesmo, aqueles baldes típicos para manter o vinho ou a champagne na temperatura ideal para a apreciação. Coisas de Moreno.

Lá pelas tantas da madrugada, eis que surge um iluminado, com uma grande idéia de brindarmos aquela grande conquista com o melhor vinho da Carta! O volume significativo de substâncias alcoólicas as quais ingerimos não me permite lembrar da marca. Acho que também tomamos alguns tragos de whyskinho.

Para encerrarmos com chave de ouro nossa comemoração, escolhemos criteriosamente a sobremesa. A pedida unânime foi um saboroso sorvete Cornetto, sendo um para cada integrante. Todos os membros de nossa fraternidade degustaram a iguaria em no máximo três abocanhadas, todos. A exceção de nosso homenageado: uma pessoa sensível, de boas maneiras, de suaves lambidelas em seu Corneto. Quando de repente, em um momento de selvageria, surrupiaram o sorvete das mãos do Ganso e passaram a Pablito, que do jeito que veio, introduziu por completo em sua bocarra, deixando nosso nobre amigo chupando dedos, quase aos prantos.

Como não podia deixar de ser, a melhor parte fica sempre para o final, e final em se tratando de boteco é a hora da famigerada CONTA. Eis que chega o momento célebre da cota, mesmo sendo tradição ser de responsabilidade do homenageado, ele só fica sabendo na hora de pagá-la. E assim foi... Cada um que puxava um real, dois reais, acho que alguma alma caridosa puxou cinco reais. Detalhe, a conta deu oitenta mirréis, muito barato filha... (essa também será outra história). Pois bem, R$80,00 foi a conta, a arrecadação para ajudar o Ganso foi de no máximo R$10,00.

Conclusão: Doug quase aos prantos literalmente, no ápice de todo seu desespero frente a situação exclamou: “EU SÓ TENHO SETENTA MIRRÉIS NA CARTEIRA E É PARA DAR A MAINHA, MADIMOSELLE RAILDA, FAZER A FEIRA DA SEMANA”! Como todos sabemos, tradição é tradição, e mesmo sensibilizados com a circunstância calamitosa de nosso companheiro, fomos firmes e honramos nossas tradições – saímos todos correndo gritando ao proprietário que a conta era do Ganso! Ele pagou os R$70,00 e até hoje não sabemos como ele fez a feira da semana.

Ah, quase ia me esquecendo! Ele só tinha sido aprovado no concurso. A convocação mesmo veio tempos depois... E aí, já sabe né?
Ele se fudeu de novo!

08/02/2009

Eu Sonhei com John Lennon - Ciço Gato

Se Reginaldo Rossi já sonhou com Beethoven -que disse pra ele: "Reginaldo, vá cantando / sua brasa vá mandando / deixe quem quiser falar / Que eu aqui de cima vou torcendo / e uma figa vou fazendo / junto com Haendel e o amigo Bach"- que mal há em Ciço Gato sonhar com um beatle?
Bota a ficha aê, parêia!

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Ontem... eu sonhei com John Lennon
E.. no sonho ele me falou:

"Ciço, tão querendo te censurar

Te impedir até de cantar
Mas não fique triste, não

Saiba que estou sempre ao seu lado
Também fui criticado

Fui em frente e venci!

Ciço, nunca pense em desistir

Viva sempre a cantar

Siga sempre a sorrir
"

John
de repente se despediu
Disse: "Ciço, eu já vou
Ouça.. Os conselhos que eu te dei

E as músicas que eu cantei

E comigo ele até brincou e falou


Ciço,
você não percebeu?
Você canta melhor que eu

Mas meu cabelo é melhor!!"


*Este post teve a colaboração de André Farofa que apresentou esta pérola. Gracias!

07/02/2009

Alterando nas Alterosas




Agora falando diretamente da terra da cachaça, do cigarro de páia e da falta de praia.

Quando disseram que o povo daqui de Beagá bebia muito, pensava que era lenda. Agora, até compartilho do sofrimento deles. Normal, para um povo que não tem praia, ter suas opções de lazer reduzidas a três: cachaça, cana e aguardente. Cerveja? Tem, mas só como aperitivo. A diversidade de cachaças aqui é impressionante. E não é como essas fulerage que transbordam por aí, não - aquelas canas de extrato de acetato que vendem no Mercado de São José. Tô falando de cana séria, dessas que vovô apreciava, degustava e guardava naquela adega de madeira de eucalipto.

Quem conhece a cidade fica solidário com os mineirin. Ladeira subindo, ladeira descendo, serra, montanha, ladeira, montanha, Lagoa da Pampulha, umas praças, ladeiras, mais ladeiras, e só. Se esse povo não bebe, vai fazer o quê? Tirando o suicídio, as opções de diversão são quase nulas. Tem um boteco em cada rua. Digo, em cada quina. E ainda alguns entre eles. Na verdade, é muito difícil você não ter um boteco como vizinho.

E quando eles falam que isso aqui é uma roça grande, não mentem. O povo é caipira, chegado num sertanejo e os boys são todos agro. Adoram fazer zuada com seus 2.0 (aqui não adianta você ter 1.0, não sobe). Praia? A mais próxima fica no Rio de Janeiro, mas, por algum motivo obscuro, eles preferem ir ao Espírito Santo. Não me perguntem. Sim, Espírito Santo "tem" litoral.

Em breve, pra alisar o membro do chefe aqui, vou postar uns etiliposts aqui, pra ver se esse povo pelo menos faz uma gracinha. Segunda-feira passo aí pra pegar meu contra-cheque.

06/02/2009

O cardápio, por favor!

Com exceção dos casos de licença poética (concedida aos escritores como forma de expressar sua arte de forma livre) e da ignorância pueril (concedida aos donos de botecos nas esquinas, estradas e áreas rurais do Brasil), sou radicalmente contra erros de português nos cardápios. Especialmente naqueles botecos que querem dar pinta de “restaurante chic” e acabam contribuindo com a falência do nosso idioma.

Antes de chegar ao ponto G da questão, gostaria de me explicar ainda mais: me encanto pela descontruções artísticas – mas isso deve ser posterior a um conhecimento profundo sobre o tema. Ao exemplo de Picasso: só vale desconstruir o objeto quando se tem um conhecimento profundo sobre o mesmo ao ponto da desconstrução ser a mais bela expressão do aprofundamento do conhecimento. Cá para nós, isso não acontece com os responsáveis pelos erros de português nos cardápios dos botecos.

Por exemplo: O famoso corte do boi, tradição em qualquer boteco, principalmente quando servido com batatas fritas, pode ser escrito de 4 formas diferentes – FILÉ, FILET, FILÉT, FILE. Estas versões do corte já foram encontradas em um mesmo cardápio, com apenas alguns petiscos de diferença.

Os nomes das bebidas – teoricamente fáceis de escrever, pois é simples repetir o que está escrito no rótulo – também sofre. O recordista de erros é o COHNAQUE, CONHAQUE, CONHAQ; Presidente ou de Alcatrão, a tradicional bebida, amada por uns, odiada por outros, não encontra seu lugar ao sol nos cardápios dos botecos.

Não apenas os substantivos caem na desgraça. Os adjetivos também. Nossa famosa regra, que não foi abortada junto com o trema, diz que antes do P e do B… No entanto, ENBEBECIDA é um exemplo de um adjetivo mal escrito.

Amante do português ‘escrivido’ corretamente, iniciei a ‘empeleitada’ de corrigir os cardápios do boteco. Vale tudo – um lápis, caneta, hidrocor, pincel atômico, bico de pena, o que for: VAMOS SALVAR NOSSA LÍNGUA NOS CARDÁPIOS DOS BOTECOS! Ao abrir o cardápio e perceber uma correção em alguma palavra… pode ser um sinal de que esta botequeira que vos escreve, passou por lá! Além disso, é um sinal do início da salvação do portuga que une todos os brasileiros como brasileiros!

Atenção! Não vale:
1. Corrigir os casos de licenças poéticas ou ignorância pueril – eles são o charme de alguns menus …
2. Corrigir os acentos que caíram na revisão linguística que andam deixando o word louco.

05/02/2009

Trelando na Moranga


É comum na vida das pessoas se descobrir novidades a cada dia, no entanto não estamos nem fomos educados pra redescobrir coisas novas em velhos hábitos ou lugares. Acredito que de certa maneira é o que podemos classificar de inusitado, partindo do princípio classificatório entre as coisas cotidianas e as esporádicas.

Tive o duplo prazer, a poucos dias atrás, de visitar um bar que há muito não ia, mesmo frequentando a um tempo razoável e o que é melhor, descobri um prato delicioso preparado de maneira ímpar. O tão famoso, Camarão na Moranga… Ainda procuro adjetivos pra descrever tamanha delícia. O Guaiamum Treloso. Esse é o nome do culpado pela minha inércia linguística. Situado em Casa Forte na rua Oscar Ferreira, n.º 330, Recife-PE.


Ambiente agradabilíssimo, lembra a varanda arejada da casa de praia da vovó; gente bonita; preço bom e justo, algo raro a cada dia que passa; ótimo atendimento; estacionamento amplo seguro e o que é melhor, comidas deliciosas. Poucos bares agregam tantos valores de forma a satisfazer uma clientela eclética.

Voltando ao Camarão... Saboroso, bem temperado, molho cremoso e homogêneo. Não me envergonho em declarar que raspo a moranga ao ponto de alcançar o prato. Pedindo uma porção de arroz branco pra acompanhar, sua Moranga se tornará um prato completo digno de ser chamado almoço ou ceia sem falar que quatro pessoas comerão tranquilamente. Detalhe importante para os apreciadores de uma boa pimentinha: eles servem uma preparada de maneira sigilosa que é simplesmente a melhor que já comi até hoje. A pimenta aparenta ser molho de coco batido com temperos, sei lá o quê de tão gostoso, só sei que a cor é meio rosada e o gosto é perfeito. Pra completar, quem quiser experimentar e aprovar a moranga, a danada custará uma bagatela.

Nem parece verdade eu sei, mas felizmente é. Não perca tempo, Corra com sua gata ou família pra conferir as delícias que o Guaiamum Treloso reserva pra todos. Nota 10 para o Treloso.

04/02/2009

Grandes Botequeiros da História 2


Tan ran ran ran ran ran raaannn...

Já que me acusaram de homem das séries de uma postagem só, venho aqui contradizer o cabra safado que me chamou disso e vou postar a N° 2 dos Grandes Botequeiros da História.

Resolvi homenagear um cara que me influenciou muito. Um cara que chorei quando morreu.
O Kid Mumú da Mangueira, o grande pássaro, o melhor dos trapalhões, MUSSUM.

Além de grande comediante, Mussum (Antônio Carlos Bernardes Gomes) foi sambista dos Originais do Samba e o maior dos cachaceiros da televisão brasileira.

Entre tantas piadas maravilhosas, há aquela em que Mussum entra bêbado no boteco e diz pro barzeiro:


- Põe um metro de cachaça pra mim!

O barzeiro responde: – Um metro? mas senhor...

Aí, Mussum insiste: – Vamo, tô mandando! Ponha uma metro de cachaça.

O barzeiro furioso pensa: "Vou fuder esse negão". Pega uma régua e espalha um metro de cachaça no balcão.

- Pronto senhor – diz ele – está aqui sua cachaça.

Aí, responde o malandro: - Agora, embrulha que é pra viagem!

Sua genialidade foi além até da Língua Portuguesa. Ele inventou um dialeto só seu, com palavras como: mé, forevis, cacildis, etc... Se não sabem do que estou falando, lhes apresento o maravilhoso conversor linguístico: o Mussumgrafer onde você digita e manda traduzir (cliquem em to mussum) e ele transforma tudo que escreveu no mussumnhês:
http://www.camaleon.com.br/vacuo/mussumgrapher.swf

Genialzis! Sem cometáris!!!! Muito Fódis!!!!

Fuizis!!!