
Estou postando de Seropédica, estado do Rio de Janeiro, baixada fluminense, pertinho de Nova Iguaçu. Essa cidade é pacata, afundada em provincianismo latente, onde há mais paulistas e mineiros que cariocas, mais templos protestantes do que bares - imaginem meu martírio...
Pois bem, para me distrair desses verdadeiros prazeres turísticos (de turístico mesmo só a UFRRJ, a universidade mais bonita do Brasil - É bonita mnesmo!), enfurnei-me no quarto da pousada com algumas latinhas de cerva e, estando mais movido pelo álcool do que pela razão, escrevi tais versos:
Poema: Desvario
Epígrafe: "Quero o lirismo dos bêbados" (Manuel Bandeira)

mandava caiar teu nome
em cada um dos continentes,
onde o tempo nunca some
como que fosses caindo
dentro de um buraco infindo
do qual sempre tenho fome.
Se eu fosse o dono do mundo,
eu não seria a verdade.
Porque dizê-la é mentir-se;
não se a tem por sanidade.
Eu seria era a mentira
que, na sua pior mira,
só destina pra verdade.
Se eu fosse o dono do mundo,
de três coisas me faria:
do tempo que tudo gasta;
do espaço que tudo cria.
Então, me faria em porre
para saber como se morre
dum verso de poesia!
2 comentários:
Já que ninguém comentou, eu assim comento: adorei a foto e a pituzinha de lado... Não havia algo melhor... Veni, Vidi, Bibi! (Vim, Vi, Bebi)
e eu adorei a poesia! fuderosa.
quando o cara se apaixona pela nêga das quatro letras é foda: I LOVE P.I.T.U.
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