28/01/2009

Vivendo no Morro


"Tudo vale a pena se a alma não é pequena" já dizia o poeta Fernando Pessoa. Baseado neste poético pensamento é que falo aos amantes do turismo regional sobre as maravilhas que o Morro da Conceição reserva a todos: uma igreja novinha em folha digna de ser chamada " Catedral de Nossa Senhora da Conceição", belas paisagens pra todos os lados que a vista alcançar, ar puro, bares e um povo festeiro.

Não sei falar ao certo de onde vem a hospitalidade do cidadão morrense. Às vezes penso que são as mãos de Nossa Senhora sobre nossas cabeças... A única certeza que tenho é que temos diversão pra todos os tipos de aventureiros.

Pra quem gosta de comida caseira quentinha e aquela cervejinha, temos várias opções como o Bar da Geralda que serve, entre vários pratos, uma galinha cabidela de dar água na boca; já o Bar de Lula, tem uma carne de sol com queijo qualho e uma verdurinha que é de impressionar pelo preço baixo e pelo sabor. Para os dançarinos de plantão, temos a famosa Escola de Samba Galeria do Ritmo com seus batucajés suingados e o Acadêmico com noitadas de muito brega e cubanas. Coisa fina pra ninguém botar defeito.

Aos ortodoxos de plantão, lembro que o primeiro milagre de Jesus consistiu em transformar água em vinho, por isso o morro nem impressiona tanto nos momentos "religiosos". Outro dia estava olhando o movimento na praça, quando passou um cabôco rezando com uma vela na mão, quando menos esperamos, lá vem o sem-vergonha trêbado com um copo de cana e cantando um brega rasgadíssimo.
É mole?

Mas dentre outras coisas que o Morro oferece, quero destacar a iniciativa corajosa de duas jovens que, na tentativa de driblar a dificuldade financeira, inteligentemente puseram uma tenda de delícias típicas da culinária nordestina com um toque especial nos pratos e na organização.
Sob a tenda azul, o cliente encontra, aquecido por panelas de barro em fogo de lenha, delícias como: sururu de coco com camarão, arrumadinho, dobradinha, sarapatel e muito mais.
Tudo preparado com muita sensibilidade, tempero suave, caldo apurado e saboroso - dignos dos paladares mais exigentes.
É a famosa Barraca do Surubão. O nome é curioso e combina com a variedade dos pratos servidos pelas simpáticas jovens Sandra e Ana, que além de tudo, cozinham e administram o simpático ponto.

A Barraca fica na
rua principal, próximo a galeria, em frente a antiga barraca de Seu Tonhinho (morador que mantém em sua mente lúcida as histórias mais antigas do morro).

Então, sigam a dica do chef Felic: reservem um final de semana e venham conhecer o Morro da Conceição, nossas belezas, rezar aos pés da padroeira do Recife e comer as delícias da Barraca do Surubão. Depois de experimentarem todo esse leque turístico aposto que um regresso ao morro será algo imprescindível.


Abraço a todos.

3 comentários:

Flavão disse...

Acho q o mestre felic esqueceu de descrever uma das maiores peculiaridades de se desfrutar no morro, o prazer de se degustar um back nas quebradas das ladeiras onde a hospitalidade do povo e a paissagem nativa faz com que o ato de puxar uma erva seja algo tranquilo e apaziguador, hummmmm to sentindo até um cheirinho de mato queimado, que saudade do morro da conceição....cof....cof..

Laerte Silvino disse...

Esse é o Flavão que eu conheço. Agora estou reconhecendo o grande conhecedor das bocadas, pagou muitas promessas e fez muita fumaça ao pé da santa, né não meu patrão!!!

pablo disse...

en-ein... nunca viu uma cabecinha de nêgo.
amém, Lic