29/07/2009

Mais uma de conta de bar

Mesa de bar com muita gente geralmente dá problema na hora do pagamento da conta. Sei que esse assunto já foi mencionado anteriormente aqui nesse espaço, mas não há como não voltar a tocar no assunto depois de ser vítima pela enésima vez e geralmente pelas mesmas pessoas. O que normalmente complica a divisão são as bebidas e comidas comunitárias. Sempre tem alguém reclamando que só bebeu um pouquinho da cerveja ou que apenas beliscou o filé com fritas, e por isso não quer dividir igualmente. Também existe a velha desculpa de que “fulano chegou primeiro do que eu” ou então a já manjada “acabei de chegar”. A técnica de chegar depois de todos é muito usada, afinal, depois de algumas cervejas a noção de tempo fica comprometida, então fica difícil de contestar se o fulano chegou há pouco ou não.

Já ouvi de um amigo que para evitar problemas ele costuma pedir algo que ninguém está bebendo e uma comida individual. Desta forma, o seu valor virá discriminado na conta. Se todo mundo está bebendo cerveja em garrafa, por exemplo, ele pede caipirinha. Para comer ele prefere caldinho. Sinceramente, eu acho que a essência de sair para beber com os amigos é interagir, confraternizar e quando, por pirangagem, se toma uma atitude como essa você está se distanciando do grupo. Quando a opção é por questão de paladar, aí tudo bem. Há de se respeitar as preferências alcoólicas de todos, mas, sinceramente, se o cara é teu amigo você facilmente saberá identificar em que caso ele se enquadra.

Na maioria dos casos, quem fica por último se dá mal e acaba pagando a mais, pois muita gente se esquece de incluir os dez por cento do garçom ou faz um cálculo errado de cabeça, já que para muitos o ato de sacar a calculadora do celular é visto como mesquinhez, eu particularmente não vejo dessa forma. Eu sóbrio já não sou lá essas coisas na matemática, imagina depois de bêbado? E eu acho que sou um dos poucos que assume que fica bêbado, afinal é esse o motivo pelo qual eu bebo. Já vi gente passar mais tempo para dividir uma conta de bar do que um aluno de sétima série leva pra resolver uma prova de matemática.

Em linha gerais, pode-se dizer que o déficit final da conta é diretamente proporcional ao grau de intimidade entre as pessoas presentes na mesa.

Em uma mesa composta por amigos próximos, por exemplo, ninguém ficará envergonhado em dividir os centavos. Em contrapartida, quando se trata de uma mesa composta apenas por “conhecidos” ou amigos recentes, há certo constrangimento em pagar menos que o devido ou de ficar barganhando por alguns centavos. Por isso as pessoas tendem a calcular o seu valor arredondando para cima, o que normalmente ocasiona um superávit no final. E se, entre os ocupantes da mesa, a maioria for mulher aí vai aparecer outro tipo de bêbado, “o galante”, aquele que na oficina mecânica pechincha, até briga, para ganhar desconto, mas se a gerente da oficina for uma mulher ele paga à vista e com juros e ainda deixa gorjeta só para impressionar.

Portanto podem ficar tranquilos em consumir bebidas e comidas comunitárias. Mas fiquem sempre atentos aos aproveitadores e você até poderá aceitá-los, mas estará consciente disso.

Um comentário:

pablo disse...

ôôôôôôôôôô
butuca voltooooou!!!

ducaralho, emerson!